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quinta-feira, 6 de setembro de 2012

A Importância do Dicionário em Sala de Aula.



Creusmar Gomes da Mata Custódio – Bolsista CAPES/PIBID/UEMS
Ana Paula Tribesse Patrício Dargel – Orientadora - CAPES/PIBID/UEMS
Ricardo Ramire Gonçalves – CAPES/PIBID/SED - Orientador/supervisor

Introdução
O léxico é o repertório de palavras disponíveis para o falante da língua se comunicar. Salienta-se que nem todas as palavras presentes no léxico são conhecidas pelos usuários da língua. Por esse motivo, estratégias de ensino do vocabulário nas aulas de Língua Portuguesa são necessárias a que se promova a ampliação do conhecimento lexical do aluno. Por se reconhecer a importância do uso do dicionário no ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa, trabalha-se no subprojeto de Letras do PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência) da Unidade Universitária de Cassilândia com a Tese de Doutoramento O ensino do vocabulário nas aulas de Língua Portuguesa: da realidade a um modelo didático, de Dargel (2011). Este subprojeto é desenvolvido na Escola Estadual São José no município de Cassilândia/MS.
Palavras-Chave: Dicionário. Instrumento. Aprendizagem.

Material e Método
Objetiva-se neste trabalho ressaltar aspectos da execução do subprojeto de Letras do PIBID de Cassilândia, mediado pelo estímulo ao uso da habilidade de manuseio do dicionário por parte do aluno com intenção de contribuir para a ampliação do conhecimento lexical dele. De acordo com relatos em pesquisas lidas, o reconhecimento da importância do dicionário no processo de aprendizagem de Língua Portuguesa ainda não é prática na maior parte das escolas brasileiras.  Desse modo, desenvolve-se este subprojeto de forma com que o aluno tenha caráter investigativo na utilização do dicionário em sala de aula. O uso frequente do dicionário faculta ao aprendiz da língua possibilidades diversas a respeito da palavra. Objetiva-se, portanto, subsidiar o ensino-aprendizagem da Língua Portuguesa linguagem no ensino fundamental, para que aluno aprenda a conhecer e utilizar o dicionário. Far-se-á a seguir um relato de uma atividade desenvolvida com os alunos.

Discussão e análise
O desenvolvimento do conteúdo ministrado nas aulas de reforço de Língua Portuguesa do 6ª ano deu-se por meio de aulas expositivas, exercícios de fixação e elaboração de textos referentes ao conteúdo. As atividades seguiram os princípios teóricos e metodológicos expostos em Dargel (2011).
O desenvolvimento deste trabalho começou com a explicação para os alunos de como se usa o dicionário. Como um dos usos do dicionário é aprender mais sobre a ortografia das palavras, foi trabalhado o uso ortográfico do “S e do Z”. As aulas dadas foram feitas em forma dinâmica para que o aluno pudesse ter interesse maior em seu aprendizado e, com isso, um melhor aproveitamento do conteúdo. Vários exercícios com o uso do “S e Z” foram elaborados e os alunos direcionados a manusearem o dicionário.
Após a correção dos exercícios ortográficos, foi solicitado aos alunos que procurassem no dicionário os significados de todas as palavras porque muitas delas não eram por eles conhecidas e não faziam parte do cotidiano deles.
Mesmo já tendo sido explicado para os alunos como se faz uso do dicionário, houve a surpresa de perceber que muito deles ainda não sabiam como aplicar as informações do verbete.  Houve até a alegação de que aquela palavra que estava sendo pesquisada não tinha no dicionário. Percebendo-se essa lacuna em sala de aula, voltou-se a orientá-los sobre como se manuseia o dicionário e quais informações podem ser extraídas desse importante recurso didático.

Conclusão
Houve o objetivo de trabalhar o dicionário com os alunos em sala de aula, procurando-se sempre ter durante as aulas o apoio de dois dicionários da biblioteca da escola para todos os alunos, para que, dessa forma, eles pudessem fazer suas pesquisas e conseguissem encontrar as informações necessárias a respeito das palavras. Os alunos que não tinham dificuldades em manusear o dicionário, ajudavam os colegas durante a atividade. Foi assim que os alunos do 6º. A, da Escola Estadual São José da cidade de Cassilândia-MS, começaram a perceber a importância do dicionário em suas vidas.

Agradecimentos
À Coordenação de aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) pela bolsa que permitiu a realização deste subprojeto; à Escola Estadual São José de Cassilândia, em nome do Diretor Elizeu Martins.

Referência
Tese
DARGEL, Ana Paula Tribesse Patrício. O ensino do vocabulário nas aulas de Língua Portuguesa: da realidade a um modelo didático. (Tese de Doutoramento). Araraquara: UNESP/FCLAR, 2011.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Projeto PIBID: A Prática do uso do Dicionário em sala de Aula


Ana Lúcia Ribeiro Bolsista PIBID/CAPES1; Carolina Costa Rezende Bolsista PIBID/CAPES2; Paula Tribesse Patrício Dargel – CAPES/UEMS - Orientadora/Coordenadora3; Ricardo Ramire Gonçalves – CAPES/SED - Orientador/Supervisor4

1Estudante do Curso de Letras Português/Inglês da UEMS, Unidade Universitária de Cassilândia; Bolsista PIBID/UEMS; E-mail: anna_lu_ribeiro@hotmail.com.
2Estudante do Curso de Letras Português/Inglês da UEMS, Unidade Universitária de Cassilândia; Bolsista PIBID/UEMS; E-mail: Carol-umpi@hotmail.com
3Professora do curso de Letras da UEMS, Unidade Universitária de Cassilândia; E-mail; tribesse@yahoo.com.br
4Professor de Língua Portuguesa da Escola Estadual São José, Cassilândia; E-mail: prof.ricardo._pibid@hotmail.com


Linguística, Letras e Artes

RESUMO
O projeto PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência) tem como objetivo levar às escolas alunos universitários para que aprendam na prática o ofício de ministrar aulas. Este subprojeto é desenvolvido na Escola Estadual São José no município de Cassilândia/MS por meio de aulas complementares que tem como intuito, baseados na Tese de Doutoramento O ensino do vocabulário nas aulas de Língua Portuguesa: da realidade a um modelo didático, da Professora Ana Paula Tribesse Patrício Dargel, orientar e incentivar os alunos do ensino fundamental II do 9º ano a utilizarem frequentemente e corretamente o dicionário em sala de aula. Neste trabalho, apresentamos parte do desenvolvimento do subprojeto em questão.

Palavras-chave: Projeto PIBID. Uso do Dicionário. Linguagem denotativa e conotativa.


INTRODUÇÃO

Ao ser indagado a cerca do significado de uma palavra, o professor de imediato fornecia a resposta pronta para o aluno. Esta atitude faz com que o aluno não procure descobrir ele próprio o significado das palavras por intermédio, principalmente, do dicionário (DARGEL, 2011, p.234).

Há trabalhos e pesquisas que tratam da importância do uso do dicionário escolar em sala de aula, mas os resultados desses trabalhos, em maioria, ainda não têm sido levados e discutidos junto aos professores da rede pública de ensino de maneira que o uso do dicionário se torne frequente em sala de aula e continuam condicionados apenas ao espaço acadêmico.             Dessa forma, no subprojeto de Letras do PIBID da Unidade Universitária de Cassilândia, alicerçado na Tese de Doutoramento da Professora Ana Paula Tribesse Patrício Dargel, que tem como título O ensino do vocabulário nas aulas de Língua Portuguesa: da realidade a um modelo didático, há o objetivo de ensinar e incentivar os alunos do Ensino Fundamental II a utilizarem corretamente os dicionários no âmbito escolar.
A maioria dos alunos supracitados ainda não reconhece no dicionário sua múltipla utilidade, ou seja, não sabe manuseá-lo adequadamente. Esses estudantes pensam que o dicionário serve somente para consultar o sinônimo e o modo como se escrevem as palavras. Um dicionário, segundo Rangel e Bagno (2006, p. 24), além de oferecer o sinônimo e a ortografia das palavras, também, apresenta ao aluno outro significado de uma palavra já conhecida aumentando e, assim, serve como instrumento para ampliar o vocabulário de uma pessoa. Por intermédio do dicionário, é possível obter informações sobre as descrições gramáticas das palavras como, por exemplo, sua classificação e características morfossintáticas.  Outra questão importante em relação ao uso do dicionário está relacionada, em especial, ao nosso trabalho, que tratará sobre as perspectivas semânticas das palavras, isto é, os vários sentidos que uma mesma palavra possui quando relacionada aos valores sociais e /ou afetivos, associados aos níveis de linguagem e estilo.
O ensino do vocabulário a partir de uma perspectiva semântica faz com que o aluno tenha conhecimento da palavra em suas várias significações. Sendo assim, o aluno perceberá que uma palavra apresenta não somente uma possibilidade de uso ao reconhecer que há vários contrastes em relação a uma mesma palavra, pois como afirma Dargel (2011) “o léxico estrutura-se em nossa mente por meio de redes semânticas e campos lexicais”. Portanto, teorias de ensino do vocabulário que desconsideram os diferentes aspectos semânticos do léxico são desaprovadas e questionadas, sendo que:

O trabalho com o léxico não se reduz a apresentar sinônimos de um conjunto de palavras desconhecidas pelo aluno. Isolando a palavra e associando-a a outra apresentada como idêntica, acaba-se por tratar a palavra como “portadora de significado absoluto”, e não como índice para a construção do sentido, já que as propriedades semânticas das palavras projetam restrições selecionadas (PCN, 1998, p. 83).

Este trabalho tratará do ensino do vocabulário conforme sua perspectiva semântica. Nesse sentido, deve-se lembrar do quanto as palavras são importantes quando se quer expressar uma ideia.
As palavras e as expressões da língua atuam em dois planos distintos: a linguagem denotativa e a linguagem conotativa. Nessa perspectiva de estudo, o dicionário terá um papel significante e indispensável na ampliação lexical do aluno, pois agrega os diversos aspectos semânticos das palavras nele encontradas e contribui, sem dúvida, para auxiliar o aluno nas construções e nas interpretações dos sentidos das diversas possibilidades de uso de uma palavra.

MATERIAL E MÉTODOS
O professor supervisor do PIBID nos sugeriu trabalhar, de acordo com referencial que é proposto pela Secretaria da Educação o conteúdo do Planejamento Quinzenal do 1º. Bimestre, linguagem denotativa e linguagem conotativa. O objetivo do subprojeto do PIBID de que fazemos parte é conciliar os conteúdos propostos pelo referencial da Escola Estadual São José à Tese de Doutoramento da Professora Ana Paula Tribesse Patrício Dargel que tem como título O ensino do vocabulário nas aulas de Língua Portuguesa: da realidade a um modelo didático, que se refere ao uso do dicionário em sala de aula.  Para trabalhar os conteúdos propostos, foram utilizados: o livro didático Diálogo: Língua Portuguesa, 9º ano (BELTÃO, 2009) e os dicionários: língua portuguesa (MINIDICIONÁRIO RIDEEL, 2003); Mini dicionário escolar de Língua Portuguesa (RIOS, 1999). E também sites da internet: http:// www.youtube.com/watch?v=JX1wUDqto (acessado em: 26/04/2012); http://www.colegiosaofrancisco.com.br/alfa/ortografia/conotação-e-denotaçao.php (acessado em: 27/04/2012).

RESULTADOS E DISCUSSÕES
            Quando se emprega a palavra no seu sentido usual ou literal ocorre a linguagem denotativa, isto é, aquela em que o sentido é determinado pelo dicionário. Sendo assim, seu sentido é objetivo, explícito, designando ou denotando determinado objeto, referindo-se a um único sentido. Agora, quando se evocam ideias por meio da emoção ou subjetividade, tem-se a linguagem conotativa que resulta do acréscimo de outros significados paralelos ao significado de base da palavra. Isso significa que outro plano de conteúdo pode associar-se ao plano de expressão no momento em que se atribui ao outro plano de conteúdo novas impressões de valores sociais e afetivos transferindo seu sentido usual para um sentido figurado.
Para exemplificar, de maneira simples e clara, esses dois conceitos, tomar-se-ão como exemplos algumas das palavras trabalhadas em sala de aula, com os alunos do 9º ano A, na Escola Estadual São José.

1- Ele é FERA no futebol. (FERA: conotativo – Muito habilidoso no futebol);
   A FERA devorou a presa. (FERA: denotativo – animal bravio e carnívoro);
2- Maria é uma COBRA (COBRA: conotativo – Muito astuciosa, falsa);
    Ana matou a COBRA na entrada da casa. (COBRA: denotativo – um réptil ofídio; serpente);
3- Aninha é uma LADRA de corações. (LADRA: conotativo – conquistadora);
    Aninha é uma LADRA perigosa. (LADRA: denotativo – que furta, rouba);
4- Quando ele começou a me chamar a atenção, CHUTEI O PAU DA BARRACA. (CHUTEI O PAU DA BARRACA: conotativo – eu a desacatei, aceitei a provocação e discuti);
    Eu vim sem atenção e CHUTEI O PAU DA BARRACA (PAU DA BARRACA: denotativo – ação de chutar o pau da barraca, derrubar a barraca);
5- Paula é um DOCE de pessoa. (DOCE: conotativo – pessoa meiga, bondosa);
     Paula comeu todo o DOCE que fiz para a festa (DOCE: denotativo - iguaria feita com açúcar ou mel);
6- O BURRO auxilia o homem. (BURRO: denotativo – animal híbrido, produto do cruzamento do jumento com a égua ou do cavalo com a jumenta); 
     Que menino BURRO! (BURRO: conotativo – indivíduo curto de inteligência; imbecil);
7- A ROSA desabrochou. (ROSA: denotativo – flor da roseira, odorífera, de várias cores);
    Ela é uma ROSA. (ROSA: conotação – delicada);
8- O MONSTRO apareceu de repente. (MONSTRO: denotativo - ser extravagante, imaginado, mitologia (denotação);
    Você é um MONSTRO. (MONSTRO: conotativo – pessoa cruel ou horrenda; pessoa inteligente (gíria).

CONCLUSÕES
Tendo em vista que o léxico é resultado de todas as experiências vividas por uma pessoa e que em diversos momentos no decorrer de sua vida, ela poderá ampliar a visão de um mundo a partir da expansão do conhecimento lexical, percebemos a necessidade de a escola reservar um espaço significativo para explorar as diferentes dimensões da palavra (DARGEL, 2011, p. 237).

            Constatamos que o propósito do subprojeto de Letras do PIBID da Unidade Universitária de Cassilândia tem sido até o momento alcançado, pois nosso objetivo é o de mostrar ao aluno a importância do uso correto e frequente do dicionário em diversos momentos da vida como uma possibilidade de se obter ampliação lexical, algo que faculta ao aluno ter competência de leitura e produção de textos diversos. “Porém, se tivermos um vocabulário escasso e não adequado, teremos grandes dificuldades em expor nossas ideias e compreender o que outras pessoas dizem” (GARCIA, 1980, pp. 155-156).

AGRADECIMENTOS
Agradecemos à CAPES pela aprovação do subprojeto de Letras da Unidade Universitária de Cassilândia o que viabilizou recursos financeiros a fim de que este projeto fosse possível; à Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul- UEMS por nos permitir sermos bolsistas PIBID.

 
REFERÊNCIAS
Teses e Dissertações
DARGEL, A. P.T. P. O ensino do vocabulário nas aulas de Língua Portuguesa: da realidade a um modelo didático. (Tese de Doutoramento). Araraquara: UNESP/FCLAR, 2011.

Livros
BELTRÃO, Eliana Lúcia Santos. Diálogo: Língua Portuguesa. 9º Ano. Ed. Renovada. – São Paulo: FTD, 2009, (Coleção Diálogo). (LIVRO DIDÁTICO)
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Mini Aurélio – O Dicionário da Língua Portuguesa.  6ª ed.– Curitiba: Positivo, 2004.

GARCIA, Othon M. Comunicação em Prosa Moderna. 8 ed. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1980, p. 155-56).

RANGEL, Egon de O.; BAGNO, Marcos. Dicionários em sala de aula. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2006. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Avalmat/polleidicio.pdf>. Acesso em: 20/04/2012.

RIDEEL. Minidicionário: língua portuguesa coordenação Ubiratan Rosa. – 2a ed. Ver. – São Paulo: Rideel, 2003.
RIOS, Dermival Ribeiro. Minidicionário escolar da língua portuguesa. São Paulo: DCL, 1999.

Sites da internet
http://www.colegiosaofrancisco.com.br/alfa/ortografia/conotacao-edenotacao.php. (Acesso em: 27/04/2012).

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

O Uso o dicionário na aplicação da Gramática da Língua Portuguesa


Dayana Garcia de Oliveira1; Lucenilton Morais Oliveira2; Ana Paula Tribesse Patrício Dargel3; RicardoRamire Gonçalves4

1Acadêmico do Curso de Letras Português/Inglês da UEMS, Unidade Universitária de Cassilândia; E-mail:
dayday_garcia@hotail.com (CAPES/PIBID/G-UEMS)
2Acadêmico do Curso de Letras Português/Inglês da UEMS, Unidade Universitária de Cassilândia; E-mail: cenilto_m@hotmail.com. (CAPES/PIBID/G-UEMS)
3Professor(a) do Curso de Letras Português/Inglês da UEMS, Unidade Universitária de Cassilândia; E-mail: tribesse@yahoo.com.br  (Orientadora/Coordenadora-CAPES/PIBID/UEMS)
4Professor de Língua Portuguesa da Escola Estadual São José, Cassilândia; E-mail: prof.ricardo._pibid@hotmail.com
(CAPES/PIBID/SED - Orientador/Supervisor)

RESUMO
Segundo “Rangel e Bagno (2006, p.24)”, para sanar dúvidas sobre a escrita de uma palavra, ou seja, ortografia e apontar os significados de termos desconhecidos "acepções, definições" é preciso utilizarmos serviços importantes do qual o dicionário nos proporciona. Sendo assim, para trabalhar o léxico por meio do dicionário com os alunos em sala de aula, utilizamos a tese “O ensino do vocabulário nas aulas de língua portuguesa: da realidade ao modelo didático” de Dargel. Nas aulas de reforço, ministradas por nós bolsistas para os alunos do 7º Ano da Escola Estadual São José, introduzimos o uso da gramática ao explicar a eles os tipos de sujeitos e predicados, cujos conceitos foram buscados nos dicionários e nas gramáticas normativas da língua portuguesa. Durante as aulas, para um maior aprendizado dos alunos, elaboramos apostilas com atividades e textos, para que eles praticassem os conhecimentos adquiridos, enquanto que nós bolsistas entenderíamos quais seriam as verdadeiras dificuldades deles e procuraríamos ajudá-los nesses pontos.
Palavras-chave: Léxico. Dicionário. Norma. Aprendizagem.
INTRODUÇÃO
Sabemos que o léxico não está isolado na consciência de um indivíduo, mas faz parte de um conjunto de sistemas em que para elaborar frases e se comunicar, a pessoa recorre a esse sistema e escolhe os códigos a serem utilizados. O ensino da língua tem como um dos principais objetivos a ampliação da competência lexical do aluno. A partir daí, acreditamos que ao se trabalhar Língua Portuguesa com a intenção de ampliar o vocabulário do aluno, poderíamos também introduzir o uso de termos da gramática normativa, visto que Carvalho (2010, p.65) considera "língua (o sistema) um conjunto de possibilidades abstratas, a norma seria então um conjunto de realizações concretas e de caráter coletivo da língua", assim juntos, além do aluno ter conhecimento de novas palavras teria também noção de como organizá-las numa frase.
MATERIAL E MÉTODOS
Pelo projeto PIBID, orientado pela Drª Ana Paula Tribesse Patrício Dargel, fomos encarregados de ministrar aulas de reforço para alunos do 7º ano do ensino fundamental da Escola Estadual São José. Para trabalhar o vocabulário em sala de aula, recorremos ao uso do dicionário, para o qual Rangel e Bagno (2006, p. 24) apontam alguns serviços importantes oferecidos por ele e enfatizam que, na prática, utilizamos somente dois: "ortografia e definições". Buscamos também nas gramáticas normativas definições e regras a serem aplicadas para "tipos de sujeito e predicado".
Iniciamos nosso trabalho explorando os conceitos de cada termo, trabalhando-os individualmente e de forma que, a cada explicação, sempre que necessário, fossem feitas consultas ao dicionário, para que os alunos pudessem absorver o conteúdo da melhor forma possível. Elaboramos apostilas por meio de consultas a internet e livros didáticos com exercícios referentes ao conteúdo ensinado para que, após a explicação de cada termo, os alunos pudessem praticar o conhecimento adquirido.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Por meio dessas aulas de reforço com os alunos do 7º ano, pudemos juntar léxico, língua, norma e sem deixar de lado a fala, pois esta é a realização concreta de tudo que trabalhamos. Com o manuseio do dicionário, os alunos sanaram dúvidas de ortografia, pois muitas vezes sabiam o significado, mas hesitavam na escrita. Com as normas gramaticais aplicadas "tipos de sujeitos e predicados", os alunos também praticaram em textos seus conhecimentos adquiridos, indentificando e classificando quem pratica ou sofre a ação e o que se diz de quem sofreu ou praticou. Sendo assim, obtiveram pequenas noções de organização das palavras em uma frase.
CONCLUSÕES
Com essas aulas de reforço ministradas, nós bolsistas do PIBID, além de colaborarmos e aprendermos com esses alunos, tivemos contato com a realidade linguística de cada um deles e pudemos  ter uma  breve noção das dificuldades encontradas pelo professor no ensino e pelo aluno no aprendizado de Língua Portuguesa. Fizemos o possível para acompanhar e lidar com essas dificuldades, a fim de que todos esses alunos pudessem superará-las e partir para novos conhecimentos e aprendizados. Com aplicação do método deste subprojeto, constatamos que os alunos aprenderam os conceitos gramaticais e identificaram nas frases e textos os sujeitos e predicados com mais facilidade.
AGRADECIMENTOS
Agradecemos à Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul – CAPES/PIBID/UEMS que oportunizou condições para que pudéssemos desenvolver este subprojeto. Agradecemos também a Escola Estadual São José, que nos tem recebido e em tudo colaborado para a execução de nossas atividades.
REFERÊNCIAS
Tese
DARGEL, Ana Paula Tribesse Patrício. O ensino do vocabulário nas aulas de Língua Portuguesa: da realidade a um modelo didático. (Tese de Doutorando). Araraquara: UNESP/FCLAR, 2011.
Livro
CARVALHO, Castelar de. Para compreender Saussure: fundamentos e visão crítica. 18. ed. -- Petrópolis, RJ: Vozes, 2010.
Site
RANGEL, Egon de Oliveira; BAGNO, Marcos. Dicionários em sala de aula. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2006. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Avalmat/polleidicio.pdf>. Último acesso em: 22/06/2012.