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quinta-feira, 30 de agosto de 2012

O uso do dicionário no ensino da Gramática

Ellen Lúcia Silva – Bolsista CAPES1; Flávia Bianchine dos Santos-Bolsista CAPES2; Ana Paula Tribesse Patrício Dargel – CAPES/UEMS - Orientadora/Coordenadora3; Ricardo Ramire Gonçalves – CAPES/SED - Orientador/Supervisor4


1Estudante do curso de Letras da UEMS, Unidade Universitária de Cassilândia; E-mail: ellen_lucia92@hotmail.com
2Estudante do curso de Letras da UEMS, Unidade Universitária de Cassilândia; E-mail: flavia_bianchine@hotmail.com
3Professora do curso de Letras da UEMS, Unidade Universitária de Cassilândia; E-mail; tribesse@yahoo.com.br
4Professor de Língua Portuguesa da Escola Estadual São José, Cassilândia; E-mail: prof.ricardo._pibid@hotmail.com

Linguística, Letras, Artes

Resumo
A gramática é um assunto que deve ser aprendido para uma melhor leitura e escrita, e como o dicionário tem um carater didático, resolvemos palicá-lo ao ensino da Norma Culta. Com base em estudos que comprovam esta afirmação, temos como objetivo trazer o dicionário para a realidade do aluno, de maneia a facilitar a sua compreensão da gramatica, pois, quando se conhece o significado dos termos gramaticais, a aprendizagem da norma culta se da mais facilmente. Em nossas aulas, introduzimos o dicionário, onde os alunos buscaram, as definições dos termos gramaticais que foram estudados. Por meio dessa inserção do dicionário no ensino da gramática os alunos tiveram uma maior compreensão do sistema que rege a norma culta da Língua Portuguesa.
Palavras-chave. Aprendizagem da Língua Portuguesa. Norma Culta. Dicionário.

Introdução
            Alguns alunos estavam com dificuldade na compreensão dos conteúdos gramaticais ministrados pelo professor regente, sendo encaminhados para nós, bolsistas do PIBID, para que fizéssemos o acompanhamento escolar com eles. Nessa perspectiva e na procura da melhor compreensão do alunos sobre o conteúdo estudado, levamos às aulas uma didática diferenciada e, dessa forma, introduzimos o dicionário para a explicação dos termos trazidos pela gramática normativa para a posterior explicação das funções sintáticas.  
            De acordo com Dargel (2011) “[...] o dicionário é uma obra que descreve o léxico da língua sobre diversos pontos de vista e possui, em essência, um carater didático, mas nem sempre pedagógico, ou seja, todo dicionário é elaborado para fornecer informações sobre o léxico [...]”. Esse recurso didático pode ser utilizado para várias formas de pesquisa sobre a palavra, tais como ortografia, sinonímia, separação de sílabas, classe gramatical, entre outras. Aqui, vamos nos ater à sinononímia, pois foi por meio dela que os alunos puderam compreender o porquê  de alguns termos da Gramática Normativa terem sido escolhidos para tais funções no lugar de vários outros que até poderiam ter sido escolhidos, mas que não estariam de acordo com as funções sintáticas estudadas.
Por meio das aulas de acompanhamento escolar - desenvolvidas no PIBID-subprojeto de Letras/Unidade Universitária de Cassilândia, esclarecemos aos alunos algumas dúvidas acerca da nomenclatura de alguns termos da Norma Culta e de como os usar por intermédio do manuseio do dicionário em sala de aula.  

Material e Métodos
As metodologias de ensino foram tiradas dos PCNs de Língua Portuguesa  do Ensino Fundamental (1998) e da tese de Doutoramento da Professora Ana Paula Tribesse Patrício Dargel (2011).  Os PCNs trazem uma metodologia para não ensinar a gramática de uma forma mecânica, por intermédio de classificação de termos em frases soltas, desconsiderando, assim, o contexto geral. Passamos, então, a crer que o ensino deve ser voltado para a compreensão, em que o aluno deve entender o contexto do que lhe é ensinado e aplicá-lo no seu dia a dia. Dargel (2011), mostra-nos que deve haver uma capacitação para que o professor tenha uma compreensão de como usar o dicionário em sala de aula adequadamente.
Nesse sentido, entendemos que a necessidade de que se promovam cursos de capacitação para o professor de Língua Portuguesa, a fim de que este professor seja capaz de transmitir conhecimentos aos colegas de outras disciplinas e orientar o aluno sobre como tirar bom proveito do dicionário em diversas situações escolares e diversas outras de sua vida ( DARGEL, 2011).


Resultado e Discussão
Conforme Dargel (2011, p. 121), em 2007 foram distribuídos dicionários de maior qualidade a escolas públicas, mas esse material não foi entregue aos alunos, ficando disponível nas bibliotecas escolares para o uso dos profesores. A maior parte desses dicionários ficaram encaixotados em um canto das bibliotecas. Querendo dar uso a esses dicionários e em nossas pesquisas, percebemos que os alunos tinham dificuldade no estudo da Norma Culta e, desse modo, passamos a fazer uso frequente também do dicionário nas aulas de ensino da Gramática Normativa.
Utilizamos uma didática diferente com materiais contemporâneos como apesentação de slides, vídeos, músicas além dos materiais pedagógicos tradicionais como o livro didático e o dicionário. 
Os alunos buscaram no dicionário o conceito dos termos gramaticais dos conteúdos que estavam estudando. Observamos que com o desenvolvimento dessa atividade foi possível obter um maior enriquecimento vocabular por parte dos alunos e consequente melhor compreensão das funções desses termos.



Aluno resolvendo os exercícios propostos
Aluno buscando as nomenclaturas no dicionário
Aluna pesquisando as definições no dicionário




Alunos buscando no dicionário as nomenclaturas gramaticais


Aula com apresentação de vídeos


Bolsistas ministrando uma aula


Bolsista passando conteúdo no quadro branco

Bolsista pasando o conteúdo no quadro negro

Conclusão
Ao término do primeiro semestre do acompanhamento escolar, percebemos que os alunos tiveram uma melhora na compreensão do sistema que rege a norma culta da Língua Portuguesa. Por mais que o dicionário ainda não seja uma ferramenta de pesquisa tão recorrente no dia a dia do aluno, constatamos que os que participam conosco no PIBID já trazem o dicionário para as aulas e fazem o uso desse recurso didático de forma consciente.

Agradecimentos
À Coordenação de aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) que concedeu a bolsa para a realização do projeto; à Escola Estadual São José de Cassilândia, representada pelo Diretor Elizeu Martins, que cedeu o espaço para a realização das atividades.

Referências

Teses e dissertações

DARGEL, Ana Paula Tribesse Patrício. O ensino do vocabulário nas aulas de Língua Portuguesa: da realidade a um modelo didático. (Tese de Doutoramento). Araraquara: UNESP/FCLAR, 2011.


Livros
Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: língua portuguesa. Brasília: MEC/SEF, 1998.