Ellen Lúcia Silva – Bolsista CAPES1; Flávia
Bianchine dos Santos-Bolsista CAPES2; Ana Paula Tribesse Patrício
Dargel – CAPES/UEMS - Orientadora/Coordenadora3; Ricardo Ramire
Gonçalves – CAPES/SED - Orientador/Supervisor4
1Estudante
do curso de Letras da UEMS, Unidade Universitária de Cassilândia; E-mail: ellen_lucia92@hotmail.com
2Estudante
do curso de Letras da UEMS, Unidade Universitária de Cassilândia; E-mail: flavia_bianchine@hotmail.com
3Professora
do curso de Letras da UEMS, Unidade Universitária de Cassilândia; E-mail; tribesse@yahoo.com.br
4Professor
de Língua Portuguesa da Escola Estadual São José, Cassilândia; E-mail: prof.ricardo._pibid@hotmail.com
Linguística, Letras, Artes
Resumo
A gramática é um assunto que deve ser aprendido
para uma melhor leitura e escrita, e como o dicionário tem um carater didático,
resolvemos palicá-lo ao ensino da Norma Culta. Com base em estudos que
comprovam esta afirmação, temos como objetivo trazer o dicionário para a
realidade do aluno, de maneia a facilitar a sua compreensão da gramatica, pois,
quando se conhece o significado dos termos gramaticais, a aprendizagem da norma
culta se da mais facilmente. Em nossas aulas, introduzimos o dicionário, onde
os alunos buscaram, as definições dos termos gramaticais que foram estudados. Por
meio dessa inserção do dicionário no ensino da gramática os alunos tiveram uma
maior compreensão do sistema que rege a norma culta da Língua Portuguesa.
Palavras-chave. Aprendizagem da Língua Portuguesa. Norma Culta.
Dicionário.
Introdução
Alguns alunos estavam com dificuldade na compreensão dos
conteúdos gramaticais ministrados pelo professor regente, sendo encaminhados para
nós, bolsistas do PIBID, para que fizéssemos o acompanhamento escolar com eles.
Nessa perspectiva e na procura da melhor compreensão do alunos sobre o conteúdo
estudado, levamos às aulas uma didática diferenciada e, dessa forma, introduzimos
o dicionário para a explicação dos termos trazidos pela gramática normativa
para a posterior explicação das funções sintáticas.
De
acordo com Dargel (2011) “[...] o dicionário é uma obra que descreve o léxico
da língua sobre diversos pontos de vista e possui, em essência, um carater
didático, mas nem sempre pedagógico, ou seja, todo dicionário é elaborado para
fornecer informações sobre o léxico [...]”. Esse recurso didático pode ser
utilizado para várias formas de pesquisa sobre a palavra, tais como ortografia,
sinonímia, separação de sílabas, classe gramatical, entre outras. Aqui, vamos
nos ater à sinononímia, pois foi por meio dela que os alunos puderam
compreender o porquê de alguns termos da
Gramática Normativa terem sido escolhidos para tais funções no lugar de vários
outros que até poderiam ter sido escolhidos, mas que não estariam de acordo com
as funções sintáticas estudadas.
Por meio das aulas de acompanhamento escolar -
desenvolvidas no PIBID-subprojeto de Letras/Unidade Universitária de
Cassilândia, esclarecemos aos alunos algumas dúvidas acerca da nomenclatura de
alguns termos da Norma Culta e de como os usar por intermédio do manuseio do
dicionário em sala de aula.
Material e Métodos
As metodologias de ensino foram tiradas dos PCNs
de Língua Portuguesa do Ensino
Fundamental (1998) e da tese de Doutoramento da Professora Ana Paula Tribesse
Patrício Dargel (2011). Os PCNs trazem
uma metodologia para não ensinar a gramática de uma forma mecânica, por
intermédio de classificação de termos em frases soltas, desconsiderando, assim,
o contexto geral. Passamos, então, a crer que o ensino deve ser voltado para a
compreensão, em que o aluno deve entender o contexto do que lhe é ensinado e
aplicá-lo no seu dia a dia. Dargel (2011), mostra-nos que deve haver uma
capacitação para que o professor tenha uma compreensão de como usar o
dicionário em sala de aula adequadamente.
Nesse sentido, entendemos que a necessidade de que se
promovam cursos de capacitação para o professor de Língua Portuguesa, a fim de
que este professor seja capaz de transmitir conhecimentos aos colegas de outras
disciplinas e orientar o aluno sobre como tirar bom proveito do dicionário em
diversas situações escolares e diversas outras de sua vida ( DARGEL, 2011).
Resultado e Discussão
Conforme Dargel (2011, p. 121), em 2007 foram
distribuídos dicionários de maior qualidade a escolas públicas, mas esse
material não foi entregue aos alunos, ficando disponível nas bibliotecas
escolares para o uso dos profesores. A maior parte desses dicionários ficaram
encaixotados em um canto das bibliotecas. Querendo dar uso a esses dicionários
e em nossas pesquisas, percebemos que os alunos tinham dificuldade no estudo da
Norma Culta e, desse modo, passamos a fazer uso frequente também do dicionário
nas aulas de ensino da Gramática Normativa.
Utilizamos uma didática diferente com materiais
contemporâneos como apesentação de slides, vídeos, músicas além dos materiais pedagógicos
tradicionais como o livro didático e o dicionário.
Os alunos buscaram no dicionário o conceito dos termos gramaticais dos conteúdos que estavam estudando. Observamos que com o desenvolvimento dessa atividade foi possível obter um maior enriquecimento vocabular por parte dos alunos e consequente melhor compreensão das funções desses termos.
Os alunos buscaram no dicionário o conceito dos termos gramaticais dos conteúdos que estavam estudando. Observamos que com o desenvolvimento dessa atividade foi possível obter um maior enriquecimento vocabular por parte dos alunos e consequente melhor compreensão das funções desses termos.
Aluno resolvendo os exercícios propostos |
Aluno buscando as nomenclaturas no dicionário |
Aluna pesquisando as definições no dicionário |
Alunos buscando no dicionário as nomenclaturas
gramaticais
|
Aula com apresentação de vídeos
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Bolsistas ministrando uma aula
|
Bolsista passando conteúdo no quadro branco
|
Bolsista pasando o conteúdo no quadro negro |
Conclusão
Ao
término do primeiro semestre do acompanhamento escolar, percebemos que os
alunos tiveram uma melhora na compreensão do sistema que rege a norma culta da Língua Portuguesa. Por mais
que o dicionário ainda não seja uma ferramenta de pesquisa tão recorrente no
dia a dia do aluno, constatamos que os que participam conosco no PIBID já
trazem o dicionário para as aulas e fazem o uso desse recurso didático de forma
consciente.
Agradecimentos
À Coordenação de
aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) que concedeu a bolsa para
a realização do projeto; à Escola Estadual São José de Cassilândia,
representada pelo Diretor Elizeu Martins, que cedeu o espaço para a realização
das atividades.
Referências
Teses
e dissertações
DARGEL, Ana
Paula Tribesse Patrício. O ensino do
vocabulário nas aulas de Língua Portuguesa: da realidade a um modelo
didático. (Tese de Doutoramento). Araraquara: UNESP/FCLAR, 2011.
Livros
Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: terceiro
e quarto ciclos do ensino fundamental: língua portuguesa. Brasília: MEC/SEF,
1998.